Thursday, May 20, 2010

A ARTE COBIÇADA

Todos se surpreenderam com a notícia de que cinco quadros, avaliados em 500 milhões de euros, desapareceram na noite da última quarta-feira do Museu de Arte Moderna de Paris.

Foi uma espécie de "coleta" preciosa:desapareceram a obra "Le Pigeon aux Petits Pois", do espanhol Pablo Picasso, "La Pastorale", de Henri Matisse,"L’Olivier de l’Estaque", de Georges Braque, "La Femme à l’Éventail", de Amédéo Modigliani, e "Nature Morte aux Chandeliers", de Fernand Léger.



"Le Pigeon aux Petits Pois", do espanhol Pablo Picasso



"La Pastorale", de Henri Matisse



"L’Olivier de l’Estaque", de Georges Braque



"La Femme à l’Éventail", de Amédéo Modigliani




"Nature Morte aux Chandeliers", de Fernand Léger.


Muitas vezes imaginamos que uma arte tão diferenciada, rara e cara, como a desses pintores, têm um mercado difícil. O que não corresponde ä verdade:entre a Interpol e o FBI existe quem arrisque afirmar que o tráfico de arte é um dos maiores do mundo, ficando logo atrás das drogas, jóias e humanos...

As mesmas fontes concluem que aquela imagem romanceada do milionário sedento por arte e que paga caro preciosidades no mercado negro não se destaca mais. Também outra idéia comum, incentivada pela ficção, de planejamentos sofisticadíssimos de grupo de ladrões incrivelmente bem equipados, também fica comprometida.

Em dezembro de 2007, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) perdeu, em menos de três minutos, duas importantes obras, um Picasso avaliado em US$ 50 milhões e um Portinari avaliado em US$ 5,5 milhões).

Os ladrões usaram macaco hidráulico, pé-de-cabra e marreta...

Não foi o primeiro roubo de arte que surpreende pela facilidade. O recém-ocorrido no Museu de Arte de Paris também. Costuma acontecer e os ladrões as vezes são muito irônicos com a segurança de museus. Conta-se que quando furtaram "O Grito", de Munch, deixaram um bilhete no Museu de Oslo: Öbrigada pela falta de segurança"...

Há muitos roubos famosos. Em Paris, em 1911, a Mona Lisa desapareceu, cotada então em US$ 100 milhões. Dois anos depois foi encontrada, quando o ladrão, funcionário do museu, tentava vende-la a um comerciante de arte em Florença.

Esse é um grande problema, que desestimula ladrões eventuais. Comercializar obras-primas milionárias furtadas de museu é bastante complicado. Mas outros interesses, como pedidos de resgate, acompanham grandes roubos.

Muitas vezes as obras porém desaparecem. Ninguém é preso, como ocorreu em 1990, em Boston, quando três homens vestidos de policiais burlaram a vigilância doi Museu Isabella Stewart de manhãzinha, levando um Rembrandt, Storm on the Sea of Galilee, The Concert de Vermeer, Chez Tortoni de Manet e outros trabalhos. As telas valiam US$ 300 milhões!

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