Tuesday, July 29, 2008

RIR É MESMO O MELHOR REMÉDIO


Eu sempre fui um defensor do riso. E sou fiel adepto do sorriso. Rio quando acho graça nas piadas, mesmo naquelas que exigem mais do que senso de humor.
Quando a tristeza me pega, me fecho no quarto. Para um sessão de risada. E então eu rio. Dou boas risadas. A risada é um exercício físico. "O riso, entre outros benefícios, combate estresse, alivia dores e controla pressão alta". Com o riso, espanto a tristeza. O riso só não paga dívidas. Mas alivia a preocupação de quem está endividado.
É verdade. Quem não acreditar, que experimente. Ria e a saúde física, mental e emocional sorrirá pra você.
O sorriso é a expressão atenuada da risada. Eu já vi muita gente caminhando e sorrindo. Um sorriso nos lábios de quem passa é uma expressão de otimismo. O que se passa na cabeça de quem sorri? Ora, só poderão ser pensamentos positivos. Agradáveis. Vemos também gente carrancuda. De cara fechada. E caras tristonhas. Caras inexpressivas. Caras sofridas. Melancólicas.
Como são simpáticas as caras sorridentes. Eis uma revelação: "O riso cura e previne doenças" Aí está! Por que os governos não incluem risoterapia na saúde pública? Mais riso e menos drogas.
O riso pode ser produzido por equipes de Doutores da Alegria. Médicos e enfermeiros vestidos de palhaço. Que despertam risos em crianças e adultos hospitalizados. Equipes que imitam os Doutores da Alegria estão atuando em hospitais de vários Estados. Por que não nos Postos de Saúde? Risadas improvisadas auxiliam na cura de doenças. O riso pode ser um complemento das drogas, que podem ser dispensadas como estimulantes da endorfina, que provoca risos e sorrisos. Que também podem ser auto-produzidos. Rir, sorrir, embora às vezes seja preciso chorar. Riso pode ter hora. Sorriso não tem horário. Nem lugar.
(crônica do escritor e jornalista Roberto Monteiro)

Friday, July 04, 2008

O divórcio, a tartaruga e a lebre

Crônica



Pois é, divorcio ganhou a velocidade da lebre. Antes caminhava a passos de tartaruga pelos caminhos do judiciário. Entramos na era da velocidade divorcista. Cartorial.

Casal que quiser se divorciar, pode chegar o cartório as dez horas da manhã. Antes do meio-dia estará divorciado!O que demorava anos na Justiça, agora acontece em menos de duas horas. Avanço.

O que está acontecendo? Os cartórios agora casam e descasam. O que a igreja une, o cartório separa. Revelam as estatísticas: os casamentos estão durando menos. É? Então a dinâmica do divórcio confere.




Não. Discordo. O casamento não é uma instituição falida. Os caminhos do altar não estão bloqueados. Continuam abertos para os jovens apaixonados. O casamento...bem, o casamento é como a vida humana, pode atingir a longevidade. Ou fenecer prematuramente.

A duração da vida, assim como do amor, não tem medidas definidas. Li não me lembro onde: “O casamento é a semente da família”. Tudo bem. Mas depende da semente. O divórcio é uma conseqüência. Imprevisível no cartório. Imprevisível na igreja. Como são cruéis os imprevistos!

Amor eterno? Haverá alguma coisa de eterno no ser humano? Essa pergunta tem respostas filosóficas. E até sociológicas. Não me atrevo a abordá-las. Nem caberiam em uma crônica. E nem seriam compatíveis com o tema do divórcio.

Divórcios acontecem. Casamentos se sucedem. A instituição da família ainda está firme. Deixem pois o divórcio correr. O fim do amor separa casais mas permanece com os filhos. A velocidade do divórcio vale por uma reação contra a morosidade da Justiça. A tartaruga está correndo como a lebre.
( de “Crônicas de Roberto Monteiro”, do jornalista e escritor Roberto Monteiro)