Sunday, June 11, 2006

Filosofia e Literatura


"Platão achava que tudo que podemos tocar e sentir na natureza flui. Não existe portanto um elemento básico que não se desintegre. Absolutamente tudo que pertence ao "mundo dos sentidos" é feito de material sujeito à corrosão do tempo (...)

(...)Eu explico melhor: os pré-socráticos tinham oferecido uma explicação muito plausível para as transformações da natureza, sem ter de pressupor que algo efetivamente "se transformava". Eles achavam que no ciclo da natureza havia partículas mínimas e constante, que não se desintegravam. Muito bem, Sofia! Eu disse muito bem! (...)

(...)Só que eles não tinham uma explicação aceitável de como essas partículas mínimas, que um dia tinham se juntado para formar um cavalo, se juntavam novamente quatrocentos ou quinhentos anos depois para formar outro cavalo, novinho em folha! Ou um elefante, ou um crocodilo. O que Platão quis dizer é que os átomos de Demócrino nunca podem se juntar para formar um "crocofante" ou um "eledilo" (...) trecho do livro "O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder

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