Saturday, September 01, 2012

TERRA, PLANETA TERRA...


 Desde que o mundo teve contato com a ficção que mostrava uma nave espacial comandada pelo próprio computador - aquele que resolveu rebelar-se contra a intervenção humana, livrando-se de seus tripulantes - e décadas depois criou robôs sentimentais, as pessoas andam preocupadas: o ser humano será sobrepujado pelas máquinas?
Pronto, está criada a "síndrome do descarte"! Seres humanos são um estorvo à natureza! Vivem em conflito emocional, sofrem de impulsos autofagistas e cospem no prato em que comem! Robôs são extremamente "cleans", contanto que sejam à prova de ferrugem. Como são máquinas, podem realizar proezas, como arremessar um incômodo mortal a um quilômetro de distância, ter visão de raio X e soldar seus próprios parafusos quando eles não se mantiverem devidamente enroscados! 
Já o ser humano...que raça complexa! Quando esses seres dirigem máquinas, tem o poder de descontrola-las. Adoram ajusta-las de maneira a torna-las letais e furiosas. É claro que temem uma revolução das máquinas desde o início da revolução industrial, quando descobriram que por mais simples que seja o mecanismo, ele sempre será mais confiável do que a frágil potência humana.

Por esse motivo está na moda prever um levante da inteligência artificial. Isso quando não se fala da fúria da natureza, com uma série tão grande de catástrofes, que já é preciso organizar um catálogo para descrever as nossas tragédias. Ninguém explicou ainda se nossos robôs inteligentes vão reinar antes ou depois do fim do mundo, mas uma coisa é certa: tanto em um caso, como em outro, os seres humanos parecem estar descartados da história futura!
Mania de descarte! Complexo de inutilidade no planeta...qualquer coisa assim. A sociedade humana anda mesmo se auto-depreciando. O espírito de derrota sobrepuja a força de mudança. Já temos pedaços de nossa história enterrados, memórias do nosso planeta Terra em cápsulas do tempo, aqui e acolá, em vários paises, inclusive no Brasil. Que por falar  nisso teve uma cápsula do tipo, em uma cidade brasileira, espirrada pelo esgoto em um retorno prematuro à superfície. O saneamento básico é o fim do mundo, mas se continuar expulsando a nossa memória ainda temos o recurso de sondas espaciais que levam informações de nosso planeta registradas em um disco, como a do Voyager! 

 Aparentemente, estamos mesmo preparados para um final da história. O problema é que não se sabe ainda se realmente somos sensíveis a ponto de pressentir o fim ou se estamos apenas exagerando nossos complexos aqui já relatados. No entanto podemos ter certeza de que mesmo com todo esse ar de tragédia no ar, as piores qualidades humanas continuam a atuar, aparentemente sem preocupação de ter de prestar contas em algum tribunal intergalático ou terreno.
Se não vier o fim do mundo, vamos ter muito trabalho para arrumar o planeta! (Mirna Monteiro)

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