A racionalidade humana provém da necessidade de sobrevivência e o bom senso é um dos resultados do pensamento do homem. Assim a sociedade evoluiu, criou elementos para garantir a multiplicação indefinida de seres humanos.
Uma grande vantagem no reino animal! Por isso, quando observamos acontecimentos como o do pastor que quer queimar o Alcorão, ficamos confusos...afinal, evoluimos em que exatamente?
Aparentemente o que temos aqui é um indivíduo contra a massa, utilizando-se de um recurso perigoso. Um indivíduo é movido por princípio, seja ele razoável ou absurdo...e ele está cutucando um povo, um conjunto que quando não é passivo, incendeia-se por paixão! Vem a histeria coletiva, como uma tempestade de areia!
Falamos de um pastor chamado Terry Jones, líder da pequena igreja evangélica na Flórida, EUA, que anunciou a queima de 200 exemplares do Corão ou Alcorão, como "homenagem", aos mortos no atentado de ll de setembro de 2001.
Hoje um homem morreu baleado em um protesto, quando 10 mil pessoas se aglomeraram em frente a uma base da Otan na cidade de Faizabad, capital da Província de Badajshan, no nordeste do Afeganistão. Os tiros foram disparados para dispersar a multidão que jogava pedras!
Nesse ponto colocamos em questão a racionalidade que permitiu a sobrevivência humana em tempos primitivos. O mundo tornou-se agora, por mais comum que seja o jargão, em um imenso "barril de pólvora"...uma referência minimizada dos riscos de nossa tecnologia atual. Provocações são hoje um crime contra a humanidade, pois os resultados não se restringem a um espaço e podem ser desastrosos!
As sociedades tem suas regras e a inexistência da distância entre todas as culturas do mundo trouxe desconforto para os povos que mantém ainda intactos hábitos e crenças milenares. Quanto mais o ocidente se afunda em desvarios, com a desorganização social, o desrespeito as leis e ao semelhante, a violência absurda e a ausência de referência, mais os povos fundamentalistas se agarram à tradução literal de seus livros sagrados.
O assunto resvala para uma questão ética de toda a humanidade: é certo pressionar um povo a abandonar tudo que acredita? Até que ponto nossa sociedade ocidental, com seus hábitos livres, mas também perniciosos em muitos aspectos, pode considerar-se um modelo para o mundo? Existe a possibilidade de um acordo entre as culturas para evitar os exageros de punição? Afinal hoje transitamos por todo o globo e apesar da soberania de um país ser inquestionável, o mundo está criando também uma cultura comum! (MM)
Opino a favor de que nenhum país deve se meter na cultura alheia
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