Monday, July 25, 2011

OLHOS PARA O CÉU

A possível visão de um objeto voador não identificado mexe com as pessoas, excita a mente, dá agulhadas na criatividade, aumenta a adrenalina e a sensação do inusitado. Discos voadores aparecem no cotidiano com frequência, pelo menos do ponto de vista do observador, leigo no assunto...ou todos seríamos especialistas em misteriosas visões de luzes piscantes ou pratos coloridos que surgem no firmamento?
Quem tem a visão solitária em geral é considerado, no mínimo, alguém confuso com algum fenômeno natural. Afinal temos objetos voadores de sobra em nossa órbita terrestre. Falando sinceramente, a humanidade nem sabe como se livrar do lixo espacial que subiu em foguetes milionários e que transformou-se em sucata orbital...contingências da ciência.
Mas será que satélites artificiais fora da órbita ou balões metereológicos dentro dela podem ser confundidos com discos voadores? Será que truques podem enganar uma assistência diversificada e com pontos de visão de diferentes ângulos?
Os felizardos que avistaram Ovnis juram que não. Discos voadores são diferentes, afirmam. Em um relato um motorista solitário, que jurou sobriedade total, afirma que viu um objeto enorme, a pouca distância, um tipo de máquina de forma ovalada com luzes ao seu redor. "Isso não é satélite nem aqui, nem em Marte" resmungou ele ao ser confrontado sobre o assunto.
É, confrontado! Não é possível aceitar a idéia de que ovnis possam ser objetos alienígenas identificados. A internet está repleta de fotos e filmagens de possíveis discos voadores. Sempre tem alguém que joga um balde de água fria nos ânimos dos avistadores dos aclamados Ovnis! "Montagem grosseira"ou "Reflexo do sol", ou "a latinha de cerveja que você bebeu, amassou e jogou", entre outras. 
Como no avistamento do objeto em Embú, na Grande São Paulo, neste domingo. Dezenas de pessoas garantem que viram o objeto, que foi filmado. Uma luz no centro, um monte de luzes azuis cercado esse miolo. "É óbvio que não é disco voador, ficou quase meia hora ali parado", setenciou um especialista em Ovnis ao ver fotos e vídeo gravado. Uma das pessoas que presenciaram a aparição ( ?) revoltou-se: "Não é disco voador porque ficou parado, piscando? Se estivesse andando seria satélite? Ou se andasse rápido seria um avião ultrassônico? Como é que ele sabe se é, por acaso ele já viu algum?"
Nessas horas os papéis chegam a inverter-se, de forma dramática: "Juro pelos meus olhos que a terra há de comer que eu ví um objeto estranho", assombrou-se um senhor que antes era cético. E um estudioso em Ovnis ironizou: "o ET desse objeto foi puxado por uma cordinha e pousou no quintal de algum engraçadinho"... Crença contra negação ou lucidez contra o medo? Medo do desconhecido, medo do constrangimento, medo de ser ridicularizado, em uma sociedade que aprendeu a pensar linearmente.
Bem, uma coisa não se pode negar. Todas as pessoas que presenciam esse tipo de experiência não aceitam contradições. A mente já antecipa a necessidade de que seja uma demonstração de que há vida extraterrestre, pois essa possibilidade habita o inconsciente humano desde sempre. A partir do momento em que aventa-se a possibilidade de enganos em uma aparição, a sensação coletiva é de grande frustação! Sentimentos opostos  em uma mesma emoção: "Meu Deus, é um disco voador, cuidado que podemos ser abduzidos" e ao mesmo instante "não seria um disco voador?...Que pena, não creio!"...

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