Por isso é possível entender porque as pessoas de "mente fértil" valorizam a capacidade imaginativa. O físico alemão Einstein considerou que a imaginação é mais importante do que o conhecimento. Afirmação que deixa até hoje muita gente confusa, porque pressupõe-se que imaginação solta é criar fantasia, boiando em um canto ficcional da mente, enquanto que imaginação reprodutora é racionalizar a realidade e criar teorias...algo que resume o pensamento humano!
Einstein comparou bem a equivalência entre imaginação e conhecimento. Imaginação é a base de tudo e é de seu fluxo, inclusive fantasioso ao extremo, que se origina o conhecimento. O conhecimento, por sua vez estimula a imaginação, em um círculo criativo que faz a evolução da sociedade humana.
A matemática perfeita! Heráclitos de Ëfeso dizia que a falta de imaginação atua como geradora de conflitos. Ora, se eu sou estéril e não consigo imaginar, não poderei saber o que se passa com meu semelhante ou com o que quer seja. Vou basear-me inteiramente no meu mundo ou no meu ponto de vista!
Com a incapacidade de imaginar, as pessoas agem como se não houvesse diferenças. O mundo seria a sua própria cabeça e, portanto, limitado a esse espaço! Heráclitos acreditava que a oposição dos contrários é condição para a transformação das coisas e isso quer dizer que sem imaginação não há evolução!
A imaginação é uma força que leva ao raciocínio com a mesma potência com que estimula a criatividade e a intuição! Ora, se eu penso, penso sobre o que? A diferença entre a imaginação que leva ao conhecimento e a imaginação reprodutiva é a mesma de um filme onde não se sabe o que vai acontecer e outro que repete a mesma imagem!
A mesma imaginação que levou o homem primitivo a olhar além de si mesmo, para poder sobreviver em um mundo inóspito e repleto de perigos. A imaginação que permitiu captar os recursos, criar mecanismos, manter um meio social e chegar ao início do conhecimento!
Por isso podemos observar que se ao longo da história política o mundo estacionou em mera aceitação e rotina do pensamento, agora passa a ser mais imaginativo! Atinge também um maior interesse no conhecimento e portanto na evolução da informação e dos costumes. Não é preciso ser um inventor ou um precursor do pensamento, mas simplesmente aprender a relacionar-se e interagir com o meio de maneira mais ampla e participante, reconhecendo as diferenças e equacionando a relação humana nos novos tempos.(Mirna Monteiro)
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