Monday, April 18, 2011

SOMOS REAIS OU IMAGINÁRIOS?

Como você vê o mundo, super-influenciado pela mídia, ocupado por imagens ficcionais que invadem a realidade? Ou no caso da realidade invadir o virtual?
Bombardeios e fuzilamentos estão sendo noticiados, seja na Palestina, na Líbia ou em qualquer lugar do mundo, mas apesar de causar impacto na vida das pessoas a consciência de sua dimensão fica comprometida  por um processo interessante: quanto maior a vivência da ficção violenta, através de filmes e games, mais a realidade se mescla à fantasia na mente humana!
Essa condição vez por outra se torna bastante evidente. Quando Saddan Hussein foi enforcado, a realidade ou não de sua morte naquele cenário foi contestada por muita gente. Um jornalista egípcio sustentou que o ex-ditador iraquiano não estava ali e sim um sósia dele. Segundo esse jornalista Saddan nunca foi capturado pelos EUA.
O que é realidade? O que seria ilusão?
A linha divisória entre a realidade e a ficção está cada vez mais tênue, concorda a professora Ivone Marques. Ela conta que experiências com as crianças demonstram que o cérebro humano anda confundindo o real e imaginário.
“Passei um documentário sobre o Iraque, onde soldados atiravam contra casas semi-destruídas e de repente um caminhão foi atingido por um morteiro, explodindo em chamas. As crianças, com idade entre 9 e 10 anos, não sabiam responder se aquilo era uma cena de ficção ou não. Um dos meninos foi claro: “Vejo a guerra, pessoas lutando contra os outros, igual nos filmes!”
Ou seja, para quem cresce em um mundo de imagens, onde a violência virtual é exagerada, a interpretação do terror e destruição no mundo real fica comprometida.
O processo de confusão, onde o real parece ficção e a ficção algo natural, incluindo aí a violência clara ou subentendida, não ocorre apenas com as crianças. Ao mesmo tempo que o jornalismo se torna mais realista e eficiente em mostrar a realidade em fotos, filmes e relatos, o avanço da tecnologia e os efeitos especiais que levam à cenas da ficção absolutamente críveis, também interferem no mundo dos adultos, onde as variações de percepção influenciam a lógica!
“As vezes quando acordo fico na dúvida se tive mesmo um sonho que está na minha memória ou se vivi uma realidade”, comenta Luciano, 34 anos, programador de computação e assíduo freqüentador do mundo virtual. “Acho que o mundo virtual está mexendo com minha percepção da realidade” arrisca ele.
Em um mundo repleto de informação e imagens, reais e ou virtuais (que parecem extremamente reais), não são apenas as pessoas que passam horas imersas em uma tela do computador que sentem seus efeitos.
Também a mídia eletrônica, através da televisão, e a ficção elaborada que vai às telas do cinema parece provocar mudanças na percepção das pessoas.
Muitos relacionam esse “descontrole” perceptivo também ao tempo. “A terra parece girar mais rapidamente, mas eu considero a mudança de horários constantes, como o horário de verão, um fator que “bagunça” a relação natural das horas com o movimento do sol e da noite” reclama o professor Oswaldo Grecco.
Se a percepção humana está sendo afetada por diferentes fatores – como bombardeio de informação, imagens, mundo virtual e confusões com horários elásticos, a capacidade de
orientação e o próprio raciocínio ficam comprometidos.
Por isso há pessoas que não acreditam nas próprias previsões da ciência, como as conclusões das pesquisas científicas acerca da temperatura do planeta. “Imagine se eu vou acreditar que os pólos vão derreter!”, admirou-se um participante de um fórum na Internet.
Outros, especialmente os jovens, embora aceitando a validade das pesquisas, não conseguem imaginar-se dentro da realidade. “Mas daqui a cem anos eu nem existo mais”!...
Ou seja, para a maioria das pessoas, as tragédias reais não são ameaçadoras, até o momento em que algum fator a torne próxima o suficiente para interferir em sua rotina e, portanto, real. Caso contrário as informações científicas são interpretadas com o mesmo espanto e terror imediato de um filme tipo “The day after”, ou documentários com rigorosa base científica são interpretados como probabilidade remota que permanece no consciente  até a saída do cinema e a colherada de sorvete.
Esta possibilidade é aterradora, se coinsiderarmos que o hábito à violência ficcional pode ser assimilado pela mente humana como rotina real. Agressões, tiroteios, grosserias, tudo isso passa a ser reconhecido como "natural" ao meio, ganhando certa familiaridade. Os vilões do mal não podem ser tão fortes e charmosos ou vencer os "do Bem", como anda pregando nossa ficção.
Em mentes perturbadas, essa relação pode facilmente desencadear comportamentos antes reprimidos pelo meio. A vida humana torna-se reles e dispensável, como as dos zumbís que tem suas cabeças explodidas pela arma do jogo virtual.
Há quem diga que toda essa violência ficcional tem o objetivo de transtornar as sociedades e implantar o caos, no mais absoluto exemplo teórico das conspirações do mundo moderno. Independente de qualquer exagero ou transtornos, a verdade é que começamos a enfrentar um claro desequilíbrio entre o real e o imaginário, com consequências muitas vezes dramáticas. Misturar realidade e ficção poderia não ser uma influência tão nefasta se houvesse maior atenção a fatores de comportamento que auxiliam a manter uma relação saudável com o meio desde a infância.  (Mirna Monteiro)



Wednesday, April 13, 2011

BEIJOS E BEIJOS

Beijo não tem um  início histórico. Certamente é simultâneo à própria consciência de ser da humanidade. Aliás, não apenas do ser humano, mas de outros animais, que também beijam sua cria ao nascer...à sua maneira, naturalmente.
Porque o beijo, embora seja essencialmente uma ação única, universal, se subdivide em diferentes formas de expressar o sentimento. Sim, o beijo é essencialmente a demonstração do sentimento, seja o amor, seja a paixão, seja a amizade, respeito mútuo ou o selo de um acordo ou ainda uma forma de pedir perdão.
Por esse motivo sempre fluiu livre na natureza. A exceção, talvez, de alguns períodos históricos, onde foi vigiado e reprimido, como nos tempos da Inquisição, na Idade Média, ou nos séculos XVII e XVIII, quando o beijo na boca entre homens foi sendo considerado anti-social, enquanto que o ósculo permanecia mais do que nunca estimulado. Questão de simples repressão da sexualidade, sob o peso do moralismo.
O beijo foi então dividido principalmente em dois tipos: o fraterno e o erótico.
No entanto um beijo assume todas as formas de sentimento e sua expressão depende da intensidade da emoção. Um beijo na testa pode expressar um grande amor entre um filho e um pai, assim como um beijo estalado na bochecha pode significar alegria!
Um beijo na boca não é necessariamente erótico. Para assim ser deve conter o envolvimento e a paixão. Um beijo no pescoço embora pareça inocente pode conter uma carga de sensualidade e equiparar-se a um beijo erótico.
Assim é o beijo: sentimento. E como toda forma de expressão da emoção humana, é uma ato saudável que permite falar sem palavras.
(Mirna Monteiro)

Thursday, April 07, 2011

PRATICA E TEORIA DA VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Violência passa a ser tema obrigatório nas escolas, não por mera inclusão de disciplina, mas por força da necessidade social. As estatísticas demonstram que o grau de agressividade no meio escolar aumenta de forma assustadora e cada vez mais atinge faixas etárias mais jovens, fluindo de forma independente das características sócio-econômicas. As motivações dessa violência variam, mas o que impressiona é a agressividade progressiva desencadeada por motivos fúteis.

Perdemos o "freio" no controle de crianças e adolescentes? Muitas pessoas procuram simplificar a questão, afirmando que falta a imposição de ordem e certa dose de repressão na relação dos pais com os filhos. Sob essa visão a tolerância excessiva ou o "mimo" exagerado estaria prejudicando a capacidade da criança em entender os limites das relações e de responsabilidade individual.

Se esse fosse o problema desencadeante da progressão da violência nas escolas, a solução seria simples? Não! Considerando que tolerância excessiva e "mimos" prejudicam, pois são a tradução da ausência dos pais e permissividade por omissão de atenção à criança, que tem acesso a informações e ações que não tem condições de assimilar e "digerir" cada vez mais precocemente, outros fatores perniciosos do meio ganham maior poder.

Há quem acredite que a violência na ficção, filmes, games ou até mesmo nos desenhos animados, seria assimilada de maneira diferente pela criança, pois ela não teria experiência prática para entender a violência tal como ela se processa a ponto de ser influenciada. É esse o maior engano! Da mesma forma que uma educação direta dos pais em conversas com os filhos e doutrinas religiosas fornecem a noção da ética e da moral ( o que seria indispensável para que a relação com o mundo seja processada) o contato com games que estouram cabeças ensanguentadas de zumbis também criam um parâmetro pessoal em relação à violência, que deixa de ser considerada uma invasora que deve ser dominada e excluída, para se tornar parte da rotina do ambiente. Transportar essa violência da ficção para a realidade, em um mundo onde cada vez mais o espaço virtual se confunde com a realidade física, é questão de tempo.

Crianças e jovens estão cada vez mais familiarizados com a violência, pois ela está presente em todos os lugares, na ameaça real da criminalidade, mas também dentro do ambiente familiar, onde encontramos pais impacientes e irritados, que quando estão presentes usam de violência, e o estímulo das imagens dos games, dos filmes e dos desenhos (que cada vez mais usam violência, subliminar ou diretamente) dos pais que vivem ausentes por questões profissionais ou outras.
É preciso, sem dúvida, que a família seja repensada. Filhos não são um pé de alface, que basta ser plantado e regado. É urgente resgatar a responsabilidade da relação entre pais e filhos, desde a gestação, para romper o círculo vicioso do desajuste que leva crianças e adolescentes a uma situação de tanta vulnerabilidade a drogas e violência.

Como se vê, restam poucas alternativas para as novas gerações no que se refere a orientação e formação basicas para desenvolver a capacidade de interagir com o meio de forma positiva. A mais importante delas é a escola, ambiente que representa para muitos pais a alternativa da educação não apenas curricular, mas ética, moral e emocional...No entanto a esmagadora maioria das escolas, mesmo as mais caras, não têm condições de substituir o papel da família na formação do caráter e no desenvolvimento harmonioso da personalidade da criança.

Manter uma situação tão desajustada poderá trazer consequências inesperadas não a longo, mas a médio prazo, pois já é possível detectar os sinais de alerta no meio escolar e social. Como não se pode reformular uma sociedade onde gerações de duas a três décadas perderam gradativamente a capacidade de definir valores sociais e éticos (nem falamos aqui em moral), a única alternativa para desfazer o enorme nó no novelo  da relação social e individual é tornar as escolas mais atuantes nesse processo.

Violência, agressividade e noções de ética e cidadania são problemas que devem se tornar discussão obrigatória nas escolas, em todas as faixas etárias, não como temas a serem doutrinados, mas apresentados e abordados de maneira a resgatar a capacidade de auto-suficiência do pensamento - uma simplificação do ensino da filosofia que vem sendo tão discutido e que corre o risco de se tornar uma disciplina morta - que compense a ausência da formação de valores e interpretação do mundo na relação familiar. A criança precisa aprender a refletir e entender que as imagens da mídia, que a influenciam direta ou indiretamente, precisam ser pensadas, repensadas e digeridas antes de se tornarem uma verdade a ser adotada em suas vidas.
(Mirna Monteiro)

Tuesday, April 05, 2011

FAZER JUSTIÇA

Em uma sociedade onde os valores se confundem e os abusos são cada vez mais comuns, a busca da punição de pessoas que cometem crimes torna-se mais complicada.

A justiça é um mecanismo, não é a essência humana. Representa uma necessidade do elemento humano. Quer dizer, necessitamos desse mecanismo para equilibrar o meio e permitir a sobrevivência. O senso de ética e respeito, de direitos e deveres pode ser inerente ao ser humano, mas a sua interpretacão e seu peso e medida vão depender das circunstâncias de sobrevivência.

Se para sobreviver é preciso ordem e limites que determinem o espaco individual de cada ser no meio coletivo, não bastam as regras. Dependemos do peso da punicão para garantir que o indivíduo supere seus impulsos de sobrevivência ou dê vazão a instintos primários, sem considerar o meio. Ou seja, o controle das acões será regido pelas leis da coletividade apenas no caso do indivíduo sentir a sua coesão e a eficiência de sua acão como se fosse imponderável.

O conceito pode ser adequado, mas a prática...Como todo mecanismo humano, há falhas, as vezes leves, as vezes tão grosseiras que tornam o resultado oposto ao próprio ideal de Justiça. Não basta existir a legislacão. A maior falha está na aplicação da lei, porque para isso dependemos do elemento humano.

Em "A República", Platão descreve o ideal de uma sociedade harmônica, pacífica e fraterna, que impede o caos social. Os dirigentes locais são racionais, o egoísmo não existe e as paixões ficam sob controle.Interesses pessoais não estão acima dos interesses coletivos.


Século IV A.C! Platão, discípulo fiel de Sócrates, sabia que a interpretação da sociedade perfeitamente organizada e com um sistema de justiça operante e funcional dependia do aprimoramento do caráter humano. Portanto, era utópico!

Sócrates sabia que o maior entrave para o equilibrio social estava no próprio homem que buscava a sobrevivência pisoteando os próprios recursos que iriam garanti-la. O poder que permitia defesa de agressores também criava vulnerabilidade no meio. A única maneira de conseguir respeito ao semelhante e ao espaco coletivo equilibrado sem o uso das regras e da punicão a quem as violasse seria o aperfeicoamento do caráter humano. O fim da ignorância, a celebracão da sabedoria!...O que pelo andor da escola de filosofia da época, extremamente temida pelos centros de poder, seria realmente uma utopia...

A situacão permanece, camuflada por novos conceitos. A mesma sociedade que cria os mecanismos de Justica para se proteger, alimenta os desajustes criados pelos mecanismos de poder, nos lobbies junto ao congresso, que influenciam a protecão de grupos em detrimento do conjunto social, entre os próprios políticos e entre parte das pessoas que atuam diretamente em setores essenciais.

O resultado é a sensacão de impotência popular. Lado a lado ao conceito vulgar de que é preciso "levar vantagem em tudo" encontramos a realidade de acões que contrariam os princípios de equilibrio social, neutralizando os esforcos para combater a violência e a corrupcão.

Uma sociedade sem egoísmo e igualitária é utópica. No entanto mecanismos que determinem limites para uma convivência pacífica podem ser realidade.






Por toda a história da humanidade, "quebrou-se o galho" com o exercício da justiça e o aprimoramento do Direito em nada mudou o problema essencial.

A lei nem sempre é justa. Um exemplo? O sujeito que rouba um pão porque está com fome - e portanto estaria exercendo o seu instinto primário de sobrevivência- é submetido à pena da lei da mesma maneira que o malandro que rouba um objeto supérfluo.

Há atenuantes e agravantes que pesam na pena de um crime. Mas nesse caso o mecanismo da Justiça deveria funcionar como um relógio, no compasso dos acontecimentos. Como isso não acontece, aqueles que roubaram o pão e outros que cometeram um estelionato ou outras modalidade de roubo(e no nosso sistema atual mesmo quem comete crimes muito mais graves) ficam detidos em uma mesma cela, a espera do julgamento, que poderá levar muito tempo.

Outro exemplo de falha? O próprio princípio do Direito, que diz que ninguém é culpado até prova contrária e portanto não pode dispensar um defensor. Os juristas dizem que qualquer crítica a respeito é devaneio do leigo, pois o direito não poderia ser exercido de outra forma.

No entanto, do ponto de vista de quem sofre a criminalidade ou atos violentos, para que esse aspecto fosse entendido e digerido, haveria necessidade de absoluta funcionalidade. E de que maneira isso seria funcional: que com os direitos preservados de acusação e defesa, Justiça fosse realmente feita.

Mas o mesmo sistema que precisa garantir direito de defesa, não pode garantir um resultado justo! Um assassino que pague um jurista competente pode conseguir liberdade, enquanto que um inocente que não tem recursos financeiros para defesa pode ser condenado por um defensor público menos interessado!

Estamos fadados a manter um sistema judiciário que não funciona direito? Os argumentos que tentam justificar as falhas parecem insuperáveis!

O resultado de um julgamento como o ocorrido com o caso Nardoni alivia a pressão e o medo do cidadão comum que tem consciência da fragilidade da nossa Justica. O fato de políticos corruptos denunciados serem alvo da Justica também alivia a impressão de uma sociedade onde a mentalidade do "vale tudo" deturpou valores e desencadeou uma espécie de caos ético.

No julgamento dos acusados de assassinar a menina Isabella Nardoni, pessoas que se reuniram na frente do Fórum ou acompanhavam os relatos através da imprensa surpreenderam-se com o advogado de defesa do casal, que utilizava argumentos como o de que "não havia provas"! E no entanto esse assassinato reuniu um dos trabalhos mais minuciosos de coleta de provas. Algo ainda inédito no Brasil, com novos recursos que permitiram recriar os acontecimentos.

Um trabalho com coleta de provas submetidas a comprovacão científica de detalhes que forneceram um histórico com mínima margem de erro do que havia ocorrido desde que a família havia estacionado na garagem do prédio, até o momento em que a policia foi chamada, após a menina ser atirada pela janela.

É ético o fato de juristas utilizarem argumentos a respeito dos quais não tem comprovacão a não ser a versão de defesa do cliente, que podem ser falsos ou pouco nobres? Ou seja, defesa e acusacão estariam acima de qualquer conceito ético ou moral? No entanto, se não houver um defensor, o julgamento de uma criminoso não pode acontecer!

Essa é uma pergunta desprezada pelo fato de que seria pueril e utópico, assim como a "República" de Platão. Além disso se não houver um defensor, o julgamento de uma criminoso não pode acontecer!

No entanto sem ética e moral não pode haver justica ou qualquer mecanismo judiciário funcional!
Caso os Nardoni tivessem admitido o crime e demonstrado arrependimento suficiente para convencer o júri, provavelmente seriam condenados com uma sentenca mais leve. Isso aplacaria o desespero popular diante de um crime que representa o medo da sociedade diante de uma violência que se instala dentro da própria familia, último reduto de convivência pacífica e auto-protecão?

A resposta a isso não é tão importante como a urgência de delimitar o que, afinal, é certo e torna a vida mais digna e os demônios sob controle. A única maneira de reduzir essa confusão ética e moral na sociedade é manter uma crescente rigidez em relacão à punicão de quem comete crimes, sejam eles na esfera criminalista, seja na civil.

Não é possivel organizar a sociedade e considerar o sistema judiciário ativo e competente com casos isolados de punicão de assassinos ou a tolerância a "casos menores", como processos por crimes de colarinho branco ou de irresponsabilidade civil. (Mirna Monteiro/ MM)

Friday, April 01, 2011

DIA DA MENTIRA E DOS TOLOS

Stephan Uhlmann
Há quem acredite que o Dia da Mentira, em 1 de abril, é um dia de "desafogo" da verdade. Quer dizer, teoricamente  a mentira reprimida durante o ano todo teria permissão popular de acontecer sem recriminação uma vez por ano.
Seria interessante, se assim fosse. Não é, claro! É o oposto: é justamente no Dia da Mentira que as pessoas mentem menos. Ou algo assim. Com certeza se revelam mais autênticas. Desde os idos do século XVI, quando o calendário gregoriano foi adotado e confundiu o povo em sua rotina, a tal ponto que a antiga data que marcava o final do ano novo na França - 1 de abril - transformou-se em motivo de disputa, protestos e por fim brincadeiras, a data permitiu que se dissesse a verdade sem maiores censuras! O "Dia dos Tolos" transformou-se em um dia de terapia popular!
Nada a criticar. É ótimo poder dar uma de tolo no dia 1 de abril, abertamente, como forma de desreprimir a mesma impressão psicológica que angustia o cidadão durante o ano todo! Ora, nunca sabemos onde a verdade está e essa realidade já incomodava a sociedade européia antes do ano de 1500 dC...
E de lá para cá pouca coisa mudou nesse sentido. Os artifícios pairam no ar como o metano, deixando sempre de orelha em pé aqueles que possuem o olfato mais sensível.
Nos últimos tempos a mentira, que na verdade não tem seu dia mas vive imiscuida no meio, enrola mais do seria permitido admitir. Está nos preços de serviços e produtos, nos discursos políticos, nos salões de cabelereiros, nos atendimentos ao público, na mídia!
A tal ponto que o cidadão moderno não se preocupa mais em detectar a mentira, mas sim em tentar achar a verdade....
O Dia dos Tolos que se atreveram a renegar a mudança no calendário é na verdade um provençal alerta aos séculos que se seguiram, em uma previsão sem erros de que o Dia da Mentira é uma homenagem a verdade.(Mirna Monteiro)

LEIA TAMBÉM:
http://artemirna.blogspot.com.br/2006/08/mordida-da-bocca-della-verit.html
http://artemirna.blogspot.com.br/2010/09/mentira-de-cada-dia.html

Saturday, March 26, 2011

AMOR VIRTUAL...VIRTUAIS AMORES

O mundo virtual aproxima as pessoas, cria laços de amizade, desperta paixões e amores e preenche a necessidade humana de interagir!
Isso é verdade ou apenas uma realidade transitória?
A eficiência da relação virtual é absolutamente real...até certo ponto. Para os negócios, a facilidade da comunicação e a troca rápida da informação oferecem resultados que dispensam na maior parte dos casos a necessidade do encontro pessoal, cara a cara. Uma relação de trabalho via Internet pode ser extremamente mais produtiva do que aquela que fica circunscrita a salas em um escritório, ao contato pessoal ou via telefone.
Mas quando se fala em relação pessoal, a situação é outra. É possível tomar uma cervejinha virtual em um bate-papo com os amigos, em sala igualmente virtual, utilizando o teclado do computador. É quase tão real, que a certa altura as pessoas começam a “desligar-se” da distância física e da tela, onde as frases digitadas vão assumindo a personalidade de seus interlocutores e ganhando “vozes” individuais.

O cérebro humano, com toda a sua potencialidade, complementa o toque do realismo dessa inteiração. As pessoas reunidas no papo virtual praticamente se esquecem de qualquer fator ligado à distância física, à ausência dos rostos e das expressões, ao som das vozes e às suas inflexões, que como mágica, são compensadas pela inteligência, a capacidade criativa e a fantasia.


Qual é a principal vantagem da relação virtual, quando ela envolve sentimentos?
A disposição em enfrentar uma possível rejeição. Rejeição, aliás, é a “trava” das relações humanas: nem todas as pessoas possuem estrutura emocional para lidar com ela.
Ainda que haja rejeição, no mundo virtual a emoção negativa provoca menor impacto, justamente pela preservação da identidade e da possibilidade de criar, ali mesmo, naquele momento, uma espécie de vacina para a dor do veneno: basta uma frase atravessada ou bem humorada e o rejeitado pode sumir por encanto, rapidamente e com o ego restaurado. E assim seguir em questão de segundos para outro grupo mais amistoso.
Situação que dificilmente poderia ocorrer em circunstâncias reais.
LUCY MORONEY

Mas se negócios e amizade parecem se fundir maravilhosamente com o sistema virtual, como ficam as relações que vão além da amizade? Das pessoas que buscam interagir com o sexo oposto, tentando suprir carências de afetividade, buscando companhia ou simplesmente buscando prazer através do sexo? Como isso pode ser possível no mundo virtual, sem o toque físico e a tão cantada “troca de energia”, que só existem no encontro real?
Platonismo e virtual são a mesma coisa?
Segundo Platão, Eros, o amor, é uma força que instiga a alma para atingir o bem. Não cessa de mover a alma, enquanto essa não for satisfeita. O bem almejado é determinado pela parte da alma que prevalecer sobre as outras.Mas ele separa o amor e a sensualidade. Se for sensual, a alma não busca um bem verdadeiro, já que procura a satisfação dos desejos que Platão julgava mais baixos, como o apetite e a ganância.
Ele imaginava que se a alma conduzir a sua parte racional e utilizar energia do amor para o bem verdadeiro – que compreende a justiça, a honra e a fidelidade (virtudes supremas) estaria em ascensão.
No amor entretanto isso não acontece. Seguindo o raciocínio de Platão, o amor dirige-se para o bem, cuja aparência externa é a beleza. Existem muitas formas de beleza, mas a sabedoria seria a maior de todas. No mundo virtual a conquista do amor passa, necessariamente, por essa etapa, já que a comunicação se faz através da palavra...ou da escrita.
Se partirmos da idéia de que o amor platônico é um conceito que provém de um filósofo que acreditava na existência de dois mundos – o das idéias, perfeito e eterno, e o do mundo real, finito e imperfeito, mera cópia (mal acabada) do mundo ideal – o amor virtual poderia ser o mais verdadeiro dos amores, pois quando acontece possui como base valores perfeitos e eternos, sem a interferência do mundo real.

Tem sua lógica. O mundo real condiciona o amor a questões superficiais e voláteis, como a aparência física, a condição social e econômica, enfim, impõe um modelo que nem sempre permite que haja contato com “o outro lado” das pessoas, o do pensamento, do caráter, da personalidade, dos sonhos e anseios, entre outros.  Sob esse aspecto poderíamos dizer que, afinal, o virtual domina em dois extremos: aquele que esconde a realidade e cria a falsidade  e o que permite que se descubra uma realidade muito mais clara do que o nosso mundo imediato e material pode oferecer...(Mirna Monteiro)

Wednesday, March 23, 2011

QUE SORRIR É PRECISO, PRECISO É, MAS....


 O mundo anda carrancudo demais. Apesar dos problemas que justificam a apreensão,  mau humor e agressividade são inimigos da saúde. É aquela velha história: quer piorar o mundo ou desgastar uma comunidade? Basta conturbar as entranhas da sociedade! A mesma coisa poderíamos dizer do nosso organismo. Corpos estranhos, como sentimentos de raiva, medo e  ignorância do que se passa dentro de nós,  causam uma revolução interna que acaba com qualquer um!

Todo mundo gosta de dar boas risadas ou sentir-se bem o suficiente para sorrir. A explicação é simples: assim como a provocação da guerra interna desgasta nosso organismo e abre as defesas para o verdadeiro inimigo atacar, enfrentar a vida com bom humor e respeito fortalece nosso sistema imunológico.
Até aí, tudo bem. O problema é conseguir sorrir e descontrair em meio de tantas tragédias que parecem cada vez mais comuns e próximas.

Em um fila para a compra de ingressos no cinema, um sujeito criticou o filme - que de fato era extremamente mórbido - e desabafou em voz alta, "Caramba, vou acabar masoquista, não tem saída!". As pessoas na fila deram risada. Incrível como uma crítica a um sistema que se torna opressivo pode render bom humor! No entanto é justamente a capacidade de conseguir interpretar às tragédias com o olho treinado da tragicomédia que permite a sobrevivência da humanidade.

Estressados, estamos esquecendo de relaxar e ajudar a transformar o dia que ameaça ser gerador de maus humores. Afirmam algumas pesquisas que para melhorar o dia e proporcionar bem estar físico, é muito simples: basta sorrir! Parece balela? Não é. Sorrir faz bem a saúde, principalmente ao coração. Rir é melhor ainda, pois ativa a produção de seretonina, eleva o bom colesterol, o HDL e pode ajudar a derrubar a proteína C-reativa, que está associada a inflamações e risco cardiovascular.

Está deprimido? Comece treinar sua risada. Ria do nada, sem preocupação com a falsidade de sua gargalhada forçada. Quando você menos perceber estará rindo de verdade, porque a situação é verdadeiramente muito ridícula. Mas eficiente! Esta técnica é usada nas mais diferentes situações, inclusive em yôga!

Mais do que isso: já ouviram falar do "sorriso interno"? As vezes ( raramente mesmo) você  encontra nas ruas alguém com a fisionomia iluminada, os lábios ligeiramente arqueados em um suave sorriso? Pode até ficar com inveja e considerar a pessoa maluca...onde é que já se viu andar assim, iluminada, em um mundo tão sombrio e ameaçador? Pois saiba que é o tal "sorriso interno", que faz um bem danado a alma e ao corpo, mostrando a sabedoria interna da pessoa. Conta-se que há milhares de anos velhos sábios na China antiga sentaram-se em silêncio para observar a natureza, o ser humano, o organismo natural e seus mistérios. Entre outras coisas descobriu-se caminhos para a chamada alquimia interna, junto com os conhecimentos do I Ching. E a meditação do sorriso interno é uma das descobertas mais interessantes, pois fortalece os orgãos vitais do corpo, provoca sensação de bem estar, relaxamento e confiança, ou seja, exatamente tudo aquilo que precisamos e não sabemos onde está!

Como se vê, precisamos todos, urgentemente, exercitar essa máquina poderosa de saúde, que é a nossa capacidade de sorrir, interna e externamente.  Sorria já, agora...está sorrindo? Vê como o seu momento melhorou?  (M.Monteiro)



Tuesday, March 15, 2011

O COLETIVO E A HISTERIA

Há um certo pânico pairando no ar. Não se trata apenas do medo da natureza e de sua força, que mostra o quanto o ser humano é frágil diante de fenômenos como terremotos, maremotos, vulcões e furacões. O problema parece ter sua origem justamente na desatenção do homem ao meio e de sua insistência em considerar possível viver isolado de todo movimento natural - da terra, da água, do ar e dos próprios semelhantes. 
A vida parece estar sofrendo uma lenta asfixia de valores e, portanto, das oportunidades de sobreviver dentro de uma ordem que favoreça o futuro. Podemos  observar disparidades que demonstram bem esse processo. Um mesmo culto onde o objetivo é louvar o amor e esperança utiliza cenas impressionantes de tapas, socos e berros, onde supostamente pastores exorcizam alguns fiéis endemoniados. Se somos presas do demônio e necessitamos de exorcismos, estamos complicados, pois não daremos conta da demanda! Ou pretende-se com essa violência convencer os genes a criar um novo comportamento...não é impossível, já que a ciência admite que o gene é mais atuante e transformador do que imaginamos.
Seja como for, comportamentos estão se transformando radicalmente.
Imagine a cena em  um mosteiro que teve de ser fechado porque as pacíficas irmãs agrediram a substituta da madre superiora, que havia falecido, com socos e arranhões. Não gostaram da substituta! 
Uma cena tão berrante quanto a de dois sujeito espancando-se mutuamente no meio do trânsito de Sâo Paulo por causa de uma "fechada", que acabou se transformando em uma perseguição surreal em ruas congestionadas.
Em um momento onde o mundo parece cheio de surpresas angustiantes, onde atos psicopatas se multiplicam rapidamente e onde o índice da maldade estoura as estatísticas, tudo pode acontecer! É possível imaginar monges tibetanos despindo-se da tradicional postura de tolerância e pacifismo. Até os monges? Sim, isso também está acontecendo.
A imprevisibilidade e a maleabilidade extrema do comportamento preocupa a sociedade, que não consegue estabelecer um raciocínio claro a respeito das mudanças que ameaçam a sua integridade. "É o fim do mundo!", escrevem alguns leitores, preocupados e indignados com o nível da violência e a perda do "desconfiômetro" individual e coletivo quanto aos limites das ações.
E o medo de algo ainda não definido vai aumentando.
Há um profundo desânimo em relação à Justiça e a sua ação protetora. Existe alto índice de desconfiança da população nos políticos. Há bons motivos para a indignação popular. Mas e quantos brasileiros confiariam ainda no nosso sistema judiciário? Há um longo caminho para reabilitação da confiança na categoria dos advogados, de cartórios e de tribunais.
Pensadores modernos defendem que o descontrole das sociedades, com a reviravolta dos valores e tradições que facilitam as ações anti-sociais, reside principalmente na decadência da dignidade dos poderes que regem essa mesma sociedade. Judiciário, Legislativo e Executivo seriam hoje, em paises essencialmente preocupados com o capital , poderes que atuariam voltados para interesses de grupos e não para o equilibrio do conjunto social.
Temos leis, temos regras éticas e no entanto o que restou dos valores parece estar sendo soterrado pela rapidez das informações, pelo acúmulo de imagens da mídia e por uma ameaçadora apatia política e social.
Lei e ética, na concepção de muitos, são coisas diferentes, apesar da lei ter algum peso moral.
A sociabilidade do ser humano não é forte o suficiente a ponto de dispensar as leis que protegem os indivíduos uns dos outros. A lei evita que toda vez que existam disputas dos interesses individuais, haja conflito ou descontrole da força da revolta e indignação da comunidade, para que uma decisão produtiva predomine e regras de convivência pacífica predominem.

A sociedade não pode ser cega a uma lei que prejudica o meio. Mas é preciso reconhecer que a desobediência generalizada pode levar a desastres sociais. E a inexistência do equilibrio pode levar ao desprezo às instituições. É exatamente nesse ponto que noção de cidadania fica confusa, propiciando o ambiente de ações anti-sociais.
O resultado é o descontrole da violência e da corrupção, como um rastro de pólvora em fogo. Nas camadas sociais onde a violência se mantinha sob auto-controle, ela explode.
De todas as maneiras, infelizmente. Em um ambiente que reduz ao mínimo a capacidade crítica, é fácil perder as estribeiras e cometer desatinos. A criminalidade se aproveita desse impacto.
Há quem diga que toda essa transformação integra um processo de transformação visceral da civilização, tanto do ponto de vista geológico, como humano. Um tipo de novo mundo que ainda não conseguiu definir-se na expectativa do futuro. Uma  espécie de eliminatória para o surgimento de uma nova mentalidade. Se assim for, muita água ainda vai  rolar... ( Mirna Monteiro)

Tuesday, March 08, 2011

DIÁLOGO RADICAL

A esposa cautelosa fala com o marido radical, que está lendo jornal:

Ela - Querido, soube que estão misturando palha no café em pó! Misturam também milho torrado e até substâncias nocivas à saúde!

Ele - Então suspenda o café!

Ela - E o leite? Está uma coisa horrorosa! Não há higiene e ainda por cima descobriu-se que o leite pode estar adulterado, com água e substâncias químicas para encorpar!Horrível isso!

Ele - Suspenda o leite!

Ela - E o pão? É revoltante, não tem mais qualidades nutritivas e ainda por cima ninguém consegue impedir o uso do bromato, ai de nós! A Lucinha viu um dos padeiros tossir sobre a massa dos pães...e aquele caso em que encontraram pêlos no pãozinho???????

Ele - Suspenda o pão!

Ela - Também dá medo de comer carne. Dizem que os matadouros clandestinos matam bois doentes. Falam em carne de cavalo, de cachorro, sei lá como isso foge à fiscalização. Que dão anabolizantes! Além disso os bois são assassinados a porretadas, é muito cruel!

Ele- Suspenda o carne!

Ela - Ah, ia me esquecendo do caso da margarina. Imagine que ela é feita com produtos minerais, até petróleo tem. E a margarina vegetal? Sabia que é escura, marrom e pra ficar amarelinha eles usam hidrogenagem que gruda nas artérias? Nada como margarina para aumentar o colesterol!

Ele - Suspenda a margarina!

Ela - Coisa grave é o que está acontecendo com legumes, verduras! A vizinha conhece uma plantação que é regada com água contaminada. E os defensivos? São substâncias quimicas que eles usam para eliminar as pragas e que podem provocar o câncer nos seres humanos!

Ele - Suspenda legumes e verduras!

Ela - Dizem que as frutas também...

Ele - Suspenda as frutas!

Ela -Mas bem, as coisas estão piores do que a gente pensa. A Mariana veio me mostrar uma reportagem que assusta. Sabe que galinhas e frangos são alimentados com hormônios para engordar? E as rações contaminam a carne dos frangos e até a gema dos ovos?

Ele - Suspenda a carne de frango e os ovos!

Ela - Mas o pior, o pior acontece com os produtos enlatados. Para conservar esses produtos são utilizadas drogas perigosas para os seres humanos. E os corantes e conservantes de nome esquisito? Dizem que até congelados podem estar contaminados por desleixo no transporte ou conservação. Há uma tal de salmonela...

Ele - Suspenda os produtos enlatados e congelados!

Ela - Mas pera aí. Precisamos tomar muito cuidado com o presunto que você adora comer! Ele contém excesso de fosfato. Não viu na televisão? Provoca alterações graves no organismo!

Ele - Suspenda imediatamente o presunto!

Ela - Mas e o arroz? Sabe que esse arroz vendido por ai pode acarretar problemas à saúde? Sizem que é polido demais, é um arroz industrializado, inclusive com substâncias tóxicas! Se fizerem uma vistoria séria, a maioria não escapa, pois tá cheio de ácaros...

Ele - Por Deus, suspenda o arroz!

Ela - Mas até o macarrão está sendo condenado!Ao invés de ovos usam produtos quimicos e...

Ele - Suspenda o macarrão!

Ela - Mas e os peixes? Onde é que morreram milhões de peixes mesmo? Por causa da contaminação das águas do mar. Os navios despejam porcarias e os peixes são contaminados, nos rios também há contaminação por mercúrio e outros metais! Os peixes vendidos podem estar também mal conservados e...

Ele - Suspenda definitivamente os peixes!

Ela - Já ouviu falar do tal glutamato nos queijos? Dizem que causa uma doença esquisita na gente, é...

Ele - Suspenda o queijo!

Ela - Mas você adora doces industrializados, sabe que eles também contém aditivos perigosos? E há mais, pesquisas mostraram que há elementos nocivos no açucar branco, sabe que açucar é marrom, né, e pra branquear, já viu, açucar refinado prejudica muito...

Ele - Suspenda os doces, o açucar, os adoçantes e o diabo!

Ela- Como se fosse suficiente! E o problema da água? Usam muito cloro e um tal de fluor que é despejo químico do primeiro mundo! Já se sabe que isso faz um mal danado...

Ele- Suspenda a água!

Ela - ...Como se não bastasse isso, estamos no limite respirando tanto gás venenoso no ar, eles estão provocando muitas doenças.

Ele - (Exasperado)Suspenda a respiração!

Ela - (surpreendida) Mas querido, se a solução for suspender água, comida e ar, vamos morrer!

Ele - Solução mais higiênica não existe! Pelo menos morremos com saúde!
(do jornalista e escritor Roberto Monteiro)


Wednesday, March 02, 2011

A FORÇA DA PINTURA AFRICANA CONTEMPORÂNEA




Diversificada, rica em elementos culturais e tradições, a arte africana mostra claramente a integração aos costumes tribais. Cores fartas, densas, criadas e recriadas em ambientes naturais.
Bela, expressiva, étnica, forte. Mas principalmente variada na tela de artistas de diferentes países africanos.
Charlotte Derain


Charlotte Derain



Gerry Baptist


Malangatana


Jacques Beaumont


Alegria pela paz



Monica Stewart


Colagem de Wanghechu Mutu