Há alguns anos ainda havia uma certa euforia nos discursos que comemoravam o Dia Internacional da Mulher (8 de março), como se isso justificasse a existência de uma deferência especial, que, quer queira ou não, sempre deixou em aberto a "diferença" do ser feminino.
Afinal, havia muito a
ser comemorado pelas mulheres, ao passo que os homens nada tinham a festejar. Não havia sido criado o "Dia do Homem", porque o homem sempre dominou o espaço social, político e produtivo nos séculos e séculos passados.
Mulheres não! Aliás, mulheres eram alijadas da política e das decisões. Pelo menos, abertamente e até onde nosso conhecimento permite. Em séculos bárbaros, onde a força física era a única alternativa para sobrevivência, as mulheres ficavam de fora, costurando as feridas abertas pelas guerras e invasões!
Quando o mundo se revolucionou industrialmente e a sociedade humana passou a uma nova etapa cultural, as mulheres do mundo ocidental mudaram, brigaram pelo espaço e pela participação política e negaram-se a perpetuar a imagem de úteros sem cérebro... E hoje têm direitos e deveres igualitários em sociedades democráticas e livres!
Certo?
Errado!
Pois é, as coisas não são bem assim não! Começando pelo fim, podemos dizer que a situação da mulher não melhorou, em absoluto! A mulher do terceiro milênio é um ser livre por conveniência no mundo ocidental e isso quer dizer, na prática, que a sua liberdade é totalmente discutível.
A mulher do chamado "mundo livre" é um ser extremamente sobrecarregado de funções, confuso com a necessidade de reestruturação da família, onde é, cada vez mais não apenas a "cabeça", mas o corpo todo: houve uma gradativa "fuga" da responsabilidade do homem sobre a família!
Por outro lado, a mulher ainda sofre os mesmos preconceitos de sempre. Ganha menos que o homem quando exerce a mesma função profissional, trabalha em dobro e têm menos direitos e privilégios de carreira nas empresas.
Nunca antes a mulher sofreu tamanha carga de violência! Em todo o mundo, ela é espancada e assassinada em número crescente! Estamos falando do mundo ocidental, evoluído, o mundo do capital e da liberdade...nas culturas da Asia e Oriente Médio a situação vai mal também. Mostra a situação da mulher dos tempos bárbaros: sem direitos a opinar, sob forte restrição de liberdade social e individual e sujeita a penas bárbaras, como no caso do apedrejamento até a morte se houver suspeita de adultério!
Mulher do oriente, mulher do ocidente... Isso faz pensar: se de um lado ela sofre penalidades bárbaras e cruéis, de um extremismo insuportável, de outro, nas modernas cidades dos paises desenvolvidos, ela sofre penalidades bárbaras e cruéis também...embora reconhecidamente ilegais.
Vai mal a situação da mulher!
O alarde a respeito das conquistas femininas é relativo e cheira a manipulação do moderno sistema de consumo e na dança do giro de capital! Há interesses na engrenagem que move o mundo moderno, o que não significa necessariamente que podemos interpretar nesse conjunto alguma "vitória da mulher", já que a manipulação é um perigo de muitas faces.
Provavelmente, ainda assim, a mulher ´poderá superar as dificuldades e acertar os ponteiros com a sociedade. Poderá, quem sabe, cumprir com o mais fundamental de todos os desafios e ajudará a equilibrar o mundo.
Mas ainda há muito trabalho pela frente antes de considerar que há de fato um equilíbrio a ser comemorado! (Mirna Monteiro)
Muito interessante essa visão,gostei demais e posso dizer que é a melhor materia que já li sobre a situação da mulher,parabéns,muitas vezes parabéns.
ReplyDeleteSabes o que penso e que não se pode deixar de ser colocado?Não podemos elogiar mulheres que ficam bebendo até cair,tomam droga e tratam os filhos de form irresponsavel,tche,conheço casos de mulheres que batem nas crianças por qualquer arte,tem exemplo demais por ai.
ReplyDeleteSabes o que penso e que não se pode deixar de ser colocado?Não podemos elogiar mulheres que ficam bebendo até cair,tomam droga e tratam os filhos de form irresponsavel,tche,conheço casos de mulheres que batem nas crianças por qualquer arte,tem exemplo demais por ai.
ReplyDeleteAnna, todos sabemos que há desajustes sociais graves e eles atingem a todos, sem exceção. Parte das pessoas, homens, mulheres, crianças, assumem comportamentos anti-sociais e prejudiciais ao meio. Concordo que esse tipo de desajuste em uma mulher choca profundamente a sociedade justamente pela importância de sua influência sobre a família.
DeleteMulheres que enfrentam problemas emocionais ou psicológicos podem provocar grandes desequilibrios sociais a partir da familia. Por outro lado é justamente isso que discutimos, a sobrecarga que torna a principal função feminina - a de cuidar da prole quando é gerada - ameaçada, até mesmo por necessidade de sobrevivência que obriga mães a deixar filhos pequenos trancados em casa enquanto trabalha.
Mas esse é um problema social, não é uma característica do temperamento feminino na grande maioria dos casos.
Como mulher acho que uma das piores coisas que aconteceu foi o aumento das mulheres que não são nada idealistas e são agressivas,falsas,cruéis com animais e crianças,ruins que nem o mais ruim dos homens,pestes que se aproveitam da condição para piorar a vida dos outros
ReplyDeleteDemais esse texto!!!!!Adorei
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